domingo, 20 de dezembro de 2009

Boneca do caos

Toque-me lentamente...
Sinta meu corpo gélido e trêmulo
Te envolverei aos poucos no caos infindo
Minha inocente criatura

Espelhos por toda a parte
Refletindo sua alma e coração puros
Tão casta, tão ingênua

Fuja de seu mundo vazio
Venha até mim, tomarei sua existência...

Desperte para um novo mundo
Somente a noite para você...possuirás a lua,
Possuirás as estrelas

Não terás medo, não mais irá chorar...
Serás imortal doce jovem...

E a porta se fecha...

[Tire-me daqui!]

És tarde, caistes na ilusão do desconhecido
Adormeça e não terá que ver
O torturante marchar das horas...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Espectro da Lamúria

Gritos sobre o teto de um quarto
Perdido nos escombros da casa do caos
Vejo sorrisos psicopatas simulando o
Sadismo prazeroso

Tudo está escuro... [não há ninguém aqui]

Ritual de almas desconcertadas permanecem incediando
Minha visão com chamas negras
[Continue amedrontada]

Andando para além do imaginável é o que me resta
Como um espectro sou tomada pela lamúria, tudo se foi...
Só restou minha evasão do mundo dos vivos
Minha voz se perdeu entre os gritos convulsos

Vem brincar comigo?

[Ninguém está aqui]

sábado, 12 de dezembro de 2009

Desapego

Me apegando a sentimentos incertos,
Rasgando até o último vazio que havia dentro de mim
Foi o que fiz...

Não mais importa o que de bom ou ruim te aconteceu...
Meu coração agora pode bater sem a ajuda desse amor de ilusão

Sem você eu posso caminhar com os pés descalços sem temer a dor
Sua existência foi um apego doloroso que insisti em preservar

Inutilmente deixei que meu coração transbordasse de esperanças e
De sonhos
que aos poucos foram se desfazendo em mágoas e decepções

Com minha alma em paz vou caminhando no sentido do nascer da luz
Que irradia meu corpo de vivacidade


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lady Darkness

Olhos fitados no horizonte invisível...
Emoções inabaláveis
Olhar frio e fulminante
Que causa dor e distância

Longos cabelos negros que dançam
Com o vento incontrolável da noite
Que demora a ter fim

Munida de apatia, caminha espalhando
Medo e incerteza
Vivendo, sentindo e emanando
Somente a dor

Olhos sem lágrimas
Bela face sem sorriso que denuncia
Uma imutável expressão

Perdida no tempo e no espaço
Continua a viver no mesmo lugar
Em que tudo se perdeu...
No mesmo lugar em que seu
Coração se congelou...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Berço de mentiras

Palavras sem sentido faladas
Por pessoas que nada sabem sobre o amor
Sentimentos forjados somente para ludibriar

Mentiras cobertas com o doce da verdade tão almejada
Olhos benevolentes à primeira vista, mas mortais por trás
Gritos de culpa numa mente distorcida e cínica
Aumentam cada vez mais

Manifestos contra a falsidade,
Contra toda hipocrisia surgem dentro de mim

Segure toda essa falsa compaixão,
Guarde seu veneno e vá pro inferno

Até que você descubra o sentido da verdade
Sua existência irá se extinguir
Pobres coitados os que caem
Na ilusão de um olhar amável

Pobres coitados aqueles
Que nada sabem sobre o mal
Inocentes que enxergam
A projeção de uma imagem turva
Desconhecem o perigo e andam
De mãos dadas com a destruição

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Marcha da horas

Alterando a marcha das horas volto
Para aquele instante em que você estava
Junto a mim

O vento sobre meu rosto, o badalar persistente
Do pêndulo anuncia os segundos finais
Do nosso derradeiro encontro

Você está presente somente nas minhas doces
Memórias que aos poucos estão desaparecendo
Com o passar dos dias

Eu queria permanecer com você nesse belo passado
Mas estamos separados por essa dimensão do tempo

Até eu ir embora sorria pra mim...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Incrédula

Olhos fitados no horizonte perdido
Pássaros negros pairando sobre mim
Numa viciante sincronia malígna

Meus ideais e meus sonhos se misturam
Dando origem a uma utopia inatingível

Sem nada para manter meu coração
Em paz, deixo que o ódio e a insanidade
Tomem conta de minha existência

As almas ao meu redor transmitem
Suas frustrações e mágoas aumentando
Ainda mais esta onda sufocante

Gritos agonizantes ecoam incessantemente
Dentro de mim...
Já não posso acreditar na palavra alheia
Pois uma incrédula eu me tornei

domingo, 8 de novembro de 2009

Túnel da morte

Perdendo aos poucos a noção de espaço,
Continuo a caminhar com meus pés descalços
Nesta noite tenebrosa

Amarrada com correntes por todo corpo vejo meu
sangue escorrer fortemente...
Sem ninguém vou de encontro ao lugar amaldiçoado
Que clama por minha presença

Minha existência maldita têm sido controlada
E machucada por aqueles a quem fiz sofrer

Meus olhos perderam o foco de salvação
E agora só enxergam dor e corrupção
Eu queria apenas sair desse túnel mortal...
...Queria mirar ao menos um pequeno feixe de luz
Para assim me fazer sentir esperança de vida

Tolamente me pego a criar falsas expectativas
Num lugar sem salvação e sem retorno
Sem chances de sobrevivência espero
Meu corpo sucumbir

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sonho da eternidade

Será que meu mundo é inalcansável?

Por todo o tempo sem desitir
Tenho buscado sentimentos verdadeiros,
Abraços verdadeiros, olhares profundos...

...Mas o que encontro são apenas ilusões
Projetadas daquilo que eu gostaria que fosse real...

Escrevo sobre o amor, mas no fundo não passam
De palavras vazias, sem sentido no meu coração

Apenas idealizando um alguém que nem sei
Se realmente existe...

Apesar de todas as incertezas que me cercam...
...Sinto algo me envolver quando fico triste a pensar
Na solidão...

O sonho do amor puro guia meus instintos eternamente...

Neblina

Me perdendo nessa neblina
desejei por um segundo ver
seu sorriso mesmo sabendo
que seria ludibriada se o visse

...ainda sim desejo profundamente

Quando estou ao seu lado
sinto como se uma rajada de vento
congelante me tocasse

Sua presença me faz bem e mal
ao mesmo tempo
Estou completamente confusa
com meus sentimentos dispersos
nessa neblina interminável

Você é minha bela mentira
que massageia meu ego...
...que me ilude quando
me sinto mal

Ao menos gostaria de conhecer
sua verdade, queria sentir
seus verdadeiros sentimentos
mas você me faz dormir

Mas gora estou diante de você
me sinto vazia do mesmo jeito
sua existência está me consumindo
cada vez mais

Mesmo longe de você...me sufoco
com suas lembranças
Tento correr mas a escuridão surge
fazendo meus olhos cegarem...

Prelúdio do fim

O cálice transborda na mão daqueles que se divertem
A olhar o outro sangrar...


Sei, ainda não é o suficiente para saciar seu sadismo asqueroso...
Devore o resto de sua sanidade minha pobre alma infernal

Muito decadente, o choro dos inocentes ao meu redor...
Corpo manchado de sangue e um afiado punhal em suas mãos...

Caçando até o último suspiro de felicidade...
Seu sorriso macabro te envolve a fazer loucuras
Nesta noite perdida de sombras ilusórias

Inundando tudo pelos mais fúteis desejos de destruição...
Vire-se, há alguém a sua espera...
Faça uma boa viagem...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Amor encantado

Beije-me suavemente nesta noite silenciosa
Estou mergulhando no seu triste mundo
Vejo que seu frágil coração está machucado...

Docemente toco suas feridas e sinto a dor que carrega...
Mesmo que você não possa me amar....
...Deixe-me ficar ao seu lado...

O que eu sinto por ti é maior do que tudo existente
Quando você está longe, me sinto perdida

A luz que emana de mim fará essa escuridão do seu peito
Desaparecer pouco a pouco...

Desejo incansavelmente que você possa sentir meu sentimentos...
É algo tão sublime que me faz adormecer e sonhar a todo tempo...

Mostre-me novamente aquele sorriso pelo qual me apaixonei...
Daria minha vida somente para te ver feliz, porque você é meu amor...

A nova estação

Deixada ao vento nesse fim de outono...
Apagada bruscamente da memória sem piedade
Sozinha com o coração estagnado de tanta dor

Deixada na sombra de falsas palavras,
Falsas promessas que me faziam penetrar num mundo de felicidade
Mentiras disfarçadas da mais doce fantasia...

Olhando para o céu, as gotas de chuva começam a inundar
Meu corpo e meu coração que se afoga em mágoas...

A nova estação chega congelando o resto dos meus sentimentos
Me deixando completamente vazia...

Agora meu novo eu renasce coberto de frieza...
Meu olhos vidrados já não trasmitem amor...

Adeus

Suas lembranças ainda continuam a me pertubar
Como sussurrros num pesadelo

Você voôu pra bem longe
E eu ainda sofro com sua ausência...
Mesmo que eu deseje incessantemente te esquecer
Meu coração não permite

Estou presa nesse cárcere de um amor não correspondido...
Perdida estou a pensar que possamos ficar juntos...
Estupidamente corro na tentativa de te encontrar

Caindo sobre o chão vejo meu corpo sangrar
Sob os pingos de chuva...
Minhas lágrimas caem incontrolavelmente sobre mim...
Sem rumo estou nessa noite tempestuosa a sentir meu corpo convalecendo lentamente

Meus gemidos me sufocam
Meu coração esta agonizando e eu sinto que meu fim está próximo
Pouco a pouco minha respiração vai diminuindo...

Lua Escarlate

Nesta noite psicodélica
Estou a sua espera,
Anseio loucamente
Por seu beijo amaldiçoado

Sua existência me ludibria
E me corrompe
Mas de alguma forma não consigo não desejá-lo
Como um vício, você se tornou meu êxtase supremo...

Faremos o pacto consanguineo
Minha alma clama por esse momento...
Estaremos juntos mesmo quando tudo se acabar

Meu vampiro sedento...venha ao meu encontro
Vestida num longo vestido escarlate
Ficarei ao brilho lunar esperando sua chegada

Serei sua presa,
Devore-me lentamente com seus dentes impiedosos
Faça de mim sua serva sanguinária

Já não posso fugir de minha
Verdadeira essência maléfica...
Unidos pelo sangue
Estaremos eternamente

Céu Vazio

Estamos caminhando sobre o mesmo caminho,
Mas em sentidos opostos...

Ainda guardo aquela rosa maldita do sono,
Chegou a hora de voltar a dormir profundamente...

Percorrendo o túnel da destruição eu estive até agora,
Minhas pernas não conseguem mais se mover...

Minha alma que estava a chorar, desaparece ao som
Do último sino da noite...

O céu obscuro anuncia a derradeira tormenta...
Adormecida ficarei nesse céu vazio...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Flor Obscura

Flor obscura que nasce nas trevas
Em meio a um abismo do medo
Todos que tentam segurá-la morrem...

Negra como a escuridão
Exala um perfume sedutor...

De dia na forma de mulher
Enfeitiça os homens levando-os
Para suas mortes.

O desejo por sangue é incontrolável...
O imenso prazer ao ver o sofrimento alheio...

Coberta de dor, coberta de tristeza
Essa flor não pode viver num jardim comum,
Senão o das trevas que lhe dá luz negra
E a isola de todos os bons sentimentos...

A solidão é sua única companheira...
Amaldiçoada até o fim...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Luz Obscura

A luz obscura invade suas mentes e suas visões...
...andem lentamente nesse vale sombrio...
...prometo que o medo não existirá.
A única certeza é a de não sabermos o que irá
surgir agora...

Bem-vindos