domingo, 30 de maio de 2010

Andarilha Errante

Trilhando diferentes caminhos sem rumo definido
Apenas sentindo seu coração palpitar
A cada passo de um novo destino

Sentimentos efêmeros motivam sua alma
Dando adeus constantemente
Sorrindo misteriosamente a cada palavra
Proferida por aqueles que nada entendem

Se desencantou com o amor visto
De forma banal por todos por onde passou
Nada daquilo a deixava plena
[Ela queria mais...]

Mesmo vendo seus sonhos cairem por terra
Continuou a acreditar no futuro
Este que lhe causa esperanças infindas

Desejando voar o mais alto que pudesse
Como uma lagarta que acabara de ganhar
Belas asas coloridas
[E assim experimentou voar...]

Ela caiu, mas levantou em seguida
Sempre foi forte, seu coração a fazia
Persistir e sentir que seu destino ainda
Lhe pregaria muitas surpresas

Flôr que nunca pode ser tocada
Apenas contemplada...
Possui raro perfume que enebria
Não nasceu para viver o amor
Apenas para senti-lo
[Eis o que acredita...]

O céu que permaneceu escuro por muito tempo
Agora está iluminado pelo sol que traz
A imagem da fé refletida no poder de acreditar
Na utopia que todos desacreditaram

E ela continua seu caminho incerto
Há tantas coisas que ainda não viu
E muitas que ainda não sentiu...

Quem sabe possa descobrir o tal amor
Verdadeiro e puro
[Neste momento ela sorri...]

Talvez seja uma tolice, uma sandice
Que ela gostaria de presenciar...
Mas vai saber?
[Chegou a hora de ir...]

O crepúsculo se inicia, é preciso ir em frente
As respostas para seus questionamentos
serão alfim encontradas na estrada da vida
Na qual nossa andarilha errante
Tem perseguido fervorosamente

Já não se vê suas pegadas
Ela está longe mais uma vez...
[E uma forte rajada de vento se faz presente...]