domingo, 8 de abril de 2012

Terra das almas errantes

O amor perdeu-se na terra das almas errantes
O coração sucumbiu à dor da solidão
Esta que já era esperada

Com a fronte em desalinho
Toco a lira dantes embalsamada de paixão
Mas que agora queda não mais ressoa
A sinfonia dos apaixonados

De sonhos a lira encantava
Ao tocar melodias adornadas de esperanças
Por um futuro envolto num arco-íris fascinante
De amor os corações eram tragados

Nesta terra das almas errantes deixo
A última fagulha daquele sentimento cair
A Andarilha por um breve momento cria
Numa mudança extraordinária

Mas apenas o que pode mirar
São os restos de outros amores perdidos
E um grande vazio a lhe esperar...

[Foi mais um de seus desenganos]

domingo, 13 de novembro de 2011

Véu

Movendo terras e pensamentos
Felicidades e descontentamentos
Chuva de incertezas que se prendem
Num véu chamado Amor

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A carruagem perdida

Numa bela noite estava a desfrutar de tua companhia
Tão sublime o seu riso a me envolver
O deleite de tuas palavras, cálido olhar de cumplicidade
Latendo num bater sincronizado de dois corações confundidos

Ah! como queria que aquela noite não tivesse fim
Ah! se o tempo parasse e naquele instante tudo se tornasse
Só tu e eu, só teu corpo e o meu
A carruagem estava parada, só havia nós dois

A lua pálida e estonteante deixou-se envolver na névoa
Ficamos parados por um tempo ao som de vagalumes serelepes
E naquele momento nossas mãos se encontraram

As estrelas reluziram nos olhos teus, meus lábios cansaram de relutar
Meu coração em sintonia impediu que minha fronte resistisse ao desejo
E o ato foi consumado, o beijo de duas almas que enfim assumiram o que sentiam

O vento se fez bater sobre nossos corpos ainda unidos
E o tempo, este incansável, não esperou e deixou que as horas andassem depressa
Reluzente a manhã brindou nossa tardia união

O que temíamos concretizou-se
A despedida de nós dois efetuou-se dolorosamente
Minha mão segurou debilmente meu peito que inundou em melancolia

A mesma carruagem que nos trouxe agora nos separou
A distância veio adornar nossos corações
E de saudade nossas vidas foram tomadas
A carruagem se perdeu num caminho que somente o destino irá nos contar
Agora ficarei a sonhar com nosso reecontro na mesma carruagem que jaz perdida




domingo, 16 de janeiro de 2011

Dançando na chuva

O cenário está pronto para a dança
Sobre a rua escura e deserta meus pés se deixam levar
Ao som de meus mais profundos e ardentes desejos
Meu coração palpitante dá vazão à distinta melodia

A chuva começa a cair inundando o ambiente
Este que é o palco de minha louca performance
Tendo a lua como minha maior confidente

Girando Saltando deixo que meu coração maestro da dor
Guie a sinfonia melancólica do meu Eu sonhador
Tão mágico o brilho estelar a luzir minhas vestes gélidas
Pela chuva constante que revela meus anseios

De repente do outro lado da rua meu amado aparece
Ele se aproxima encantado com tal façanha
Ainda entorpecida com os olhos fechados
Deixo seu corpo encostar-se ao meu

Nossas emoções ressoam agora em total sintonia
Somos um só ligados ao estranho chamado
Das almas apaixonadas que sorriem ao mirar
Nos olhares conspirantes de amor

Metamorfose

Contorcendo minhas frágeis e inexperientes asas
Tento alçar vôo destemidamennte
Fascinante o toque ligeiro e refrescante do vento
Deixo-me levar por sentimentos novos

Abruptamente sinto a perseverante

Atmosfera de medo dissipar-se ao som dos
Pequenos pássaros cantores à minha volta

O caminho reconfortante e encorajador se mostra
Novamente pra mim...posso segui-lo agora
Cálido o sol penetra minha pele
A transformação finalmente concretizou-se
De frágil e pequena tornei-me forte e serena

A noite cai pra mim, enfim
Eis o Luar dos meus sonhos doirados a cobrir-me

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Nada

Como proteger algo que me escapa pelas mãos?
Sentimento inconstante e indecifrável que me invade
Toda vez que tu se aproximas de mim
Êfemera sensação de reciprocidade
Duas mãos que se tocam sem nada transmitir

Dor trancada a sete chaves por um coração
descrente
E Machucado que se perdeu por ser confiante
Envolvido agora na escuridão, este coração
Não permite ser tocado, não permite ser amado

Dois olhares que se cruzam sem nada dizer
Dois corpos que se abraçam
Numa sinfonia Opaca
Mas por que ainda me resta o desejo de reversão?
Por que ainda sonho com isso?

Poderei penetrar nesta barreira?
Saberei o que escondes neste olhar impassível?
O nada permanece entre nós outra vez...

Minha Estrela

Por onde se meteste Minha Estrela?
Noite após noite venho contemplar o céu
Coberto de mágicas e misteriosas estrelas
Regidas pela hipnótica lua
Mas tu, Minha Estrela, Tu lá não estás

Sumiste como uma jovem borboleta
Neste imenso céu de sonhos
Neste céu que vestimos de desejos e esperança
Que faz minha alma esquecer-se momentaneamente
Da melancolia que beira meu Ser

Uma vez me disseram que as estrelas cantavam
Será mesmo? Posso mesmo acreditar
Que de enlevo uma melodia divinal e fascinante
Penetra o seio palpitante?

Pinto telas representando minha vida
As pinto com meus sonhos e minhas fantasias
Mas minha visão sempre é envolvida por uma
Anamorfose sem fim, sem saber qual direção olhar
Tudo parece sem forma
Quando Tu lá não estás no céu

Prestes a adormecer com o coração inconsolado
Peço-lhe mais uma vez
Venha luzir mais uma vez
Cubra-me novamente com teu brilho
E que não seja um delírio

Estarei sempre a lhe esperar
Pois sem você, Minha Estrela
O nada se faz tudo e a solidão
Jaz no meu coração