sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Nada

Como proteger algo que me escapa pelas mãos?
Sentimento inconstante e indecifrável que me invade
Toda vez que tu se aproximas de mim
Êfemera sensação de reciprocidade
Duas mãos que se tocam sem nada transmitir

Dor trancada a sete chaves por um coração
descrente
E Machucado que se perdeu por ser confiante
Envolvido agora na escuridão, este coração
Não permite ser tocado, não permite ser amado

Dois olhares que se cruzam sem nada dizer
Dois corpos que se abraçam
Numa sinfonia Opaca
Mas por que ainda me resta o desejo de reversão?
Por que ainda sonho com isso?

Poderei penetrar nesta barreira?
Saberei o que escondes neste olhar impassível?
O nada permanece entre nós outra vez...

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