segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Berço de mentiras

Palavras sem sentido faladas
Por pessoas que nada sabem sobre o amor
Sentimentos forjados somente para ludibriar

Mentiras cobertas com o doce da verdade tão almejada
Olhos benevolentes à primeira vista, mas mortais por trás
Gritos de culpa numa mente distorcida e cínica
Aumentam cada vez mais

Manifestos contra a falsidade,
Contra toda hipocrisia surgem dentro de mim

Segure toda essa falsa compaixão,
Guarde seu veneno e vá pro inferno

Até que você descubra o sentido da verdade
Sua existência irá se extinguir
Pobres coitados os que caem
Na ilusão de um olhar amável

Pobres coitados aqueles
Que nada sabem sobre o mal
Inocentes que enxergam
A projeção de uma imagem turva
Desconhecem o perigo e andam
De mãos dadas com a destruição

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Marcha da horas

Alterando a marcha das horas volto
Para aquele instante em que você estava
Junto a mim

O vento sobre meu rosto, o badalar persistente
Do pêndulo anuncia os segundos finais
Do nosso derradeiro encontro

Você está presente somente nas minhas doces
Memórias que aos poucos estão desaparecendo
Com o passar dos dias

Eu queria permanecer com você nesse belo passado
Mas estamos separados por essa dimensão do tempo

Até eu ir embora sorria pra mim...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Incrédula

Olhos fitados no horizonte perdido
Pássaros negros pairando sobre mim
Numa viciante sincronia malígna

Meus ideais e meus sonhos se misturam
Dando origem a uma utopia inatingível

Sem nada para manter meu coração
Em paz, deixo que o ódio e a insanidade
Tomem conta de minha existência

As almas ao meu redor transmitem
Suas frustrações e mágoas aumentando
Ainda mais esta onda sufocante

Gritos agonizantes ecoam incessantemente
Dentro de mim...
Já não posso acreditar na palavra alheia
Pois uma incrédula eu me tornei

domingo, 8 de novembro de 2009

Túnel da morte

Perdendo aos poucos a noção de espaço,
Continuo a caminhar com meus pés descalços
Nesta noite tenebrosa

Amarrada com correntes por todo corpo vejo meu
sangue escorrer fortemente...
Sem ninguém vou de encontro ao lugar amaldiçoado
Que clama por minha presença

Minha existência maldita têm sido controlada
E machucada por aqueles a quem fiz sofrer

Meus olhos perderam o foco de salvação
E agora só enxergam dor e corrupção
Eu queria apenas sair desse túnel mortal...
...Queria mirar ao menos um pequeno feixe de luz
Para assim me fazer sentir esperança de vida

Tolamente me pego a criar falsas expectativas
Num lugar sem salvação e sem retorno
Sem chances de sobrevivência espero
Meu corpo sucumbir

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sonho da eternidade

Será que meu mundo é inalcansável?

Por todo o tempo sem desitir
Tenho buscado sentimentos verdadeiros,
Abraços verdadeiros, olhares profundos...

...Mas o que encontro são apenas ilusões
Projetadas daquilo que eu gostaria que fosse real...

Escrevo sobre o amor, mas no fundo não passam
De palavras vazias, sem sentido no meu coração

Apenas idealizando um alguém que nem sei
Se realmente existe...

Apesar de todas as incertezas que me cercam...
...Sinto algo me envolver quando fico triste a pensar
Na solidão...

O sonho do amor puro guia meus instintos eternamente...

Neblina

Me perdendo nessa neblina
desejei por um segundo ver
seu sorriso mesmo sabendo
que seria ludibriada se o visse

...ainda sim desejo profundamente

Quando estou ao seu lado
sinto como se uma rajada de vento
congelante me tocasse

Sua presença me faz bem e mal
ao mesmo tempo
Estou completamente confusa
com meus sentimentos dispersos
nessa neblina interminável

Você é minha bela mentira
que massageia meu ego...
...que me ilude quando
me sinto mal

Ao menos gostaria de conhecer
sua verdade, queria sentir
seus verdadeiros sentimentos
mas você me faz dormir

Mas gora estou diante de você
me sinto vazia do mesmo jeito
sua existência está me consumindo
cada vez mais

Mesmo longe de você...me sufoco
com suas lembranças
Tento correr mas a escuridão surge
fazendo meus olhos cegarem...

Prelúdio do fim

O cálice transborda na mão daqueles que se divertem
A olhar o outro sangrar...


Sei, ainda não é o suficiente para saciar seu sadismo asqueroso...
Devore o resto de sua sanidade minha pobre alma infernal

Muito decadente, o choro dos inocentes ao meu redor...
Corpo manchado de sangue e um afiado punhal em suas mãos...

Caçando até o último suspiro de felicidade...
Seu sorriso macabro te envolve a fazer loucuras
Nesta noite perdida de sombras ilusórias

Inundando tudo pelos mais fúteis desejos de destruição...
Vire-se, há alguém a sua espera...
Faça uma boa viagem...